segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O que ser Cristão


Quase todo mundo quer ser cristão, mas nem todos sequer sabem o significa ser Cristão

O que é ser cristão segundo a Bíblia
E disse Agripa a Paulo: Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão! Ato 26:28
Segundo o que pode se observar neste texto ser cristão era ser um seguidor de cristo que tinha como prioridade andar segundo seus ensinamentos e defender aquilo que era interesse de seu mestre Jesus.
Mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte. 1Pe 4:16
Também segundo o versículo acima ser cristão podia ser motivo de sofrimentos, sofrimento estes que deveriam ser suportados de certa forma com orgulho por se saber em nome de quem se estava sofrendo. 
O significado para a palavra cristão hoje é bem diferente do significado usado nas escrituras. Hoje, qualquer um que segue uma religião denominada "cristã", acha se no direito de dizer que é um cristão. Alguns são tão depravados em sua forma de viver que de maneira nenhuma fazem jus a essa palavra. Outros são tão errados biblicamente e mesmo assim insistem em acharem-se cristãos. E aí está o problema: O próprio indivíduo achar-se um cristão quando não o é.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Caso Pastor Nadarkhani


IRÃ: Veredicto sobre o caso Pastor Nadarkhani  é
esperado para meados de dezembro

Últimos relatórios de fontes próximas ao caso do Pastor Nadarkhani informado que os advogados Pastor Nadarkhani foram orientados a esperar uma decisão do Líder Supremo em meados de dezembro.
O veredicto é esperado para meados de dezembro, mas pode ser adiado até a temporada do natal. 
CSW  publicou esta semana que o líder supremo do Irã, o aiatoláKhamenei, espera tomar uma decisão sobre o caso Pastor Nadarkhaniem até meados de dezembro, elevando temores de que pode ser emitido para coincidir com a temporada deNatal, para evitar protestos internacionais.  
O tribunal de Rasht enviou duas cartas sobre o caso ao Líder Supremo, mas ainda está aguardando uma resposta.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O fundo da piscina!



Para a sua reflexão:

Um excelente nadador tinha o costume de correr até a água e de molhar somente o dedão do pé 

 antes de qualquer mergulho. 
Alguém intrigado com aquele 
comportamento, lhe perguntou qual a razão daquele hábito.

O nadador sorriu
respondeu: Há alguns anos eu era um professor de natação.
Eu os ensinava a nadar e a saltar do trampolim.
Certa noite, eu não conseguia dormir, e fui até a piscina
para nadar um pouco.

Não acendi a luz, pois a lua brilhava através do
teto de vidro do clube.
Quando eu estava no trampolim, vi minha sombra na
parede da frente.
Com os braços abertos, minha imagem formava uma magnífica
cruz.

Em vez de saltar, fiquei ali parado, contemplando minha imagem.
Nesse momento pensei
na cruz de Jesus Cristo e em seu significado. Eu não era um
cristão,
mas quando criança aprendi que Jesus tinha morrido na cruz
para nos
salvar pelo seu precioso sangue.

Naquele momento as palavras daquele ensinamento me vieram a
mente e
me fizeram recordar do que eu havia aprendido sobre a morte
de Jesus.
                                                                                               Não sei
quanto tempo fiquei ali parado com os braços estendidos.
Finalmente desci do
trampolim e fui até a escada para mergulhar na água.
Desci a escada e meus pés tocaram o piso duro e liso do
fundo da piscina.

Haviam esvaziado a piscina e eu não tinha percebido.
Tremi todo, e senti um calafrio na espinha.
Se eu tivesse saltado seria meu último salto. Naquela noite
a imagem
da cruz na parede salvou a minha vida.

Fiquei tão agradecido
a Deus, que
ajoelhei na beira da piscina, confessei os meus pecados e me
entreguei
a Ele, consciente de que foi exatamente em uma cruz que
Jesus morreu para me salvar.

Naquela noite fui salvo duas vezes e, para nunca mais me
esquecer,
sempre que vou até piscina molho o dedão do pé antes.
Deus tem um plano na vida de cada um de nós e não adianta
querermos apressar, ou retardar as coisas, pois,
tudo acontecerá no seu devido tempo e esse tempo é o tempo
Dele e não o nosso...!!!!!!!!!!
(Autor desconhecido)
Extraido do blog Tidemonteiro Blogger

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

ANABATISTA? POR QUÊ?

A ORIGEM DOS "ANABATISTAS"
Como vimos no final do capítulo dois, com a desfraternização dos cristãos entre os anos de 225 a 253 A.D., surgiu dois grandes blocos de cristãos. O bloco dos anabatistas e o bloco das igrejas erradas. Neste capítulo trataremos especificamente com o futuro que tomou as igrejas fiéis cognominadas de "anabatistas".
QUEM FORAM OS ANABATISTAS?
Nos livros de história e em muitas enciclopédias encontraremos algumas notas sobre quem foram os anabatistas. Em alguns livros são chamados de "dissidentes", e em outros de "seita de heréticos". Há escritores que não querendo se comprometer com sua maioria de leitores católicos ou protestantes, chama-os de "fanáticos religiosos".
Observando estas poucas entre muitas referencias erradas sobre eles, podemos analisar cuidadosamente. Eram dissidentes? Não. Dissidente é uma pessoa que se separa de outro por algum motivo. Eles não se separaram de ninguém. Apenas não concordavam com heresias dentro da igreja. Se uma igreja tem 20 membros. Quinze resolve mudar a fé. Cinco permanecem fiéis. Quem dissidiu? Os quinze que estão no erro ou os cinco que permaneceram fiéis? É evidente que dissidente é aquele que saiu daquilo que está certo e firmado.
Chamá-los de um ajuntamento de heréticos é o mesmo que chamar os apóstolos de heréticos. Não foram os anabatistas que mudaram de fé. Nunca foi a intenção de um anabatista mudar aquilo que Deus ordenou. Heréticos foram os pastores e membros das igrejas erradas, os mesmos que posteriormente foram conhecidos como católicos. Os anabatistas não eram uma facção de cristãos. Eles eram os verdadeiros cristãos. Portanto, seita foi a igreja - Católica - que surgiu tendo como membros indivíduos e pastores excluídos por motivos biblicamente corretos.
Também não eram fanáticos religiosos. Seguir a Cristo como manda as escrituras não é ser fanático, é ser discípulo verdadeiro. Discordar de heresias não é fanatismo, é zelo pela palavra de Deus. Seria os apóstolos fanáticos? Zaqueu foi um fanático por querer fazer a vontade de Deus? Paulo foi um fanático quando condenou a idolatria? Pedro foi um fanático quando discordou da salvação pelas obras? De forma alguma. A maior prova de que os anabatistas não eram fanáticos está no exemplo dos primeiros cristãos mencionados no livro de Atos.
Podemos afirmar com certeza que os anabatistas foram os verdadeiros seguidores de Jesus entre os anos de 225 até os anos de 1600. Homens que amavam servir a Cristo. Eram cristãos que não concordavam com o erro grotesco de ver pessoas acreditando que o batismo ajudava na salvação; Cristãos que não aceitavam em ver um bispo monárquico querendo mandar no rebanho de Deus. Igrejas que tiveram a coragem de excluir do meio cristão original as igrejas heréticas. Foram eles os autênticos sucessores dos apóstolos na obediência a Jesus e a sua Palavra.
O QUE SIGNIFICA ESTE APELIDO?
O próprio título confessa que o sobrenome dado aos cristãos fiéis - anabatistas - é um apelido, e tem tudo a ver com o propósito para o qual ele foi dado. Anabatistas é uma palavra grega que significa "batizar outra vez". O prefixo "ana" quer dizer outra vez, e a raiz "batista" significa mergulhar ou batizar nas águas. Assim, quando uma igreja era chamada de anabatista por outra, significava que ela batizava outra vez os membros vindos das igrejas erradas.
ONDE E QUANDO SURGIU ESTE APELIDO?
Este apelido foi usado pela primeira vez na Ásia Menor para distinguir nesta região as igrejas fiéis das erradas. O local mais aceito como sua origem é na Frígia, local de onde saiu o pastor Montano para pregar contra os dois erros mencionados no segundo capítulo, os quais, corrompiam as igrejas cristãs. Montano foi um pastor muito itinerante, e por isso sua mensagem se esparramou por toda Ásia Menor, fazendo que as igrejas dessa região permanecessem fiéis a doutrina recebida pelos apóstolos. Montano viveu cerca de 156 A.D. Foi justamente nessa época que as igrejas da Ásia Menor resolveram rebatizar membros vindos de igrejas erradas. Então pela primeira vez uma igreja foi conhecida como "anabatista".
Oficialmente ele é usado em 253 A.D., pelo bispo romano Estevão que, indignado com o fato de ver sua igreja excluída pelas igrejas da Ásia, resolveu chamá-las de "anabatistas". O fato é que depois do bispo romano ter se manifestado, todas as igrejas que não concordavam com a idéia de Salvação através do batismo e da necessidade de um bispo monárquico, foram conhecidas como anabatistas.
O POR QUE DESTE APELIDO
Talvez o leitor esteja confuso e pergunte o por que dos cristãos ter a necessidade de receberem outro apelido além de cristão.
Um crente fiel ao Senhor tem muito amor aos ensinos da Bíblia. Jesus ao enviar a grande comissão dá três ordens: Fazer discípulos; batizar; e ensinar as coisas que ele ordenou; Então, uma igreja fiel irá: pregar, batizar e ensinar o que ele ordenou. Note que ele diz: "vos tenho ordenado". Ordem é ordem. Mandamentos são mandamentos. A igreja não pode fazer aquilo que não lhe foi ordenado, mas somente o que Jesus mandou. Por isso as igrejas fiéis não podiam e nem podem se submeter a erros heréticos como mudar o plano de salvação e a chefia da igreja!
A exclusão das igrejas erradas em 225 A.D. pelas igrejas fiéis foi uma atitude necessária para a conservação do evangelho puro e original. Assim como um membro profano deve ser excluído do seio da igreja, da mesma forma uma igreja profana deve ser excluída da comunhão com as outras igrejas fiéis. O próprio Senhor Jesus nos ensina no livro de Apocalipse que o simples fato de uma igreja não ser fria nem quente é motivo de ser "vomitada". Queiram os ecumênicos ou não, já no segundo século havia dois tipos de cristãos: os fiéis ao evangelho e os infiéis. Os infiéis, excluídos em 225, já não tinham mais o direito de batizar, ao menos que se reconciliassem. Como isso não aconteceu perderam totalmente a ordem do batismo. Aceitar o batismo de uma igreja excluída é o mesmo que aceitar que um crente excluído saia por aí batizando todo mundo. Conclui-se que o rebatismo de membros vindos de uma igreja excluída é algo necessário, pois quem não recebe o batismo de uma igreja biblicamente aceita, não recebeu o batismo cristão.
Portanto, o apelido anabatista, só apareceu porque as igrejas erradas não quiseram arrepender-se de seus erros. Além do que, não se chamaram assim, mas foram pelas igrejas erradas assim chamados. O fato dos anabatistas não terem repudiado o apelido significa que o mesmo estava de acordo com uma realidade da época, ou seja, precisava ter rebatizadores para enfrentar as heresias das igrejas erradas.

ANABATISTA? POR QUÊ?


A GRANDE DESFRATERNIZAÇÃO DAS IGREJAS CRISTÃS

O terceiro século é marcado por um acontecimento muito importante na história das igrejas de Cristo. Mais exatamente no período que vai desde o ano de 225 até o ano de 253. Neste tempo houve uma declaração de desfraternização entre as igrejas por motivos doutrinários e organizacional.
Eram tempos difíceis. Apesar das conversões acontecerem em grande número as igrejas sofriam externa e internamente. Externa devido as perseguições já mencionadas. Internamente porque as igrejas estavam sendo corrompidas por dois erros absurdos totalmente antibíblicos. Um deles chegava ao ponto de substituir a salvação pela graça. O outro tirava a chefia de Cristo sobre sua própria igreja.
OS DOIS ERROS QUE DIVIDIRIAM AS IGREJAS ENTRE 225 A 253 A.D.
O Batismo Como Meio de Salvação
Desde os primórdios da igreja sempre foi um problema a questão de como o homem poderia alcançar o céu. O ensinamento de Jesus e posteriormente dos apóstolos eram unanimes: "Pela graça somos salvos". O Novo Testamento nunca deixou dúvidas sobre este assunto. Mesmo nas igrejas primitivas esse foi um problema sério. O primeiro concílio das igrejas em Jerusalém foi realizado justamente para resolve-lo. O próprio apóstolo Pedro, vendo que havia contenda sobre o assunto, deixou claro que: "cremos que seremos salvos pela graça". Portanto, o ensinamento bíblico sobre a questão é que o único meio de se chegar ao céu é por Jesus, pela graça, e, usando como meio de alcançá-la, a nossa fé.
Não contentes com esse princípio, e querendo fazer uma mudança não autorizada nas escrituras, muitos pastores começaram a ensinar que a salvação não era apenas pela graça. Implantaram um novo meio de salvação: O batismo. Pensavam: "A Bíblia tem muito a dizer em relação ao batismo. Muita ênfase é colocada na ordenança e no dever concernente a ela. Evidentemente ela deve ter algo a ver com a salvação". Dessa forma criou corpo a idéia de REGENERACÃO BATISMAL, ou seja, o indivíduo precisa ser batizado para ir ao céu. Colocou-se a água do batismo no lugar do sangue de Jesus. Esse erro é pai de um futuro que ainda demoraria a aparecer: O batismo infantil.
Formação de Uma Hierarquia Temporal
Hierarquia Dentro das Igrejas
Além desse grave erro houve um outro. Foi o surgimento dentro das igrejas de uma hierarquia temporal. Um erro que fere a autoridade única do Senhor Jesus Cristo sobre sua igreja. Nenhum dos apóstolos, jamais, em versículo algum do Novo Testamento, quis a primazia entre os outros na igreja primitiva. Não vemos na Bíblia homens como Pedro, Paulo, ou qualquer outro apóstolo subjugar seus irmãos na fé, ou ainda requerer deles uma cega sujeição. Eles se consideram homens comuns, sujeitos aos desejos da carne e com possibilidade de queda (At l0,15-16; Rom 7,24;).
Mas alguns pastores não entendiam dessa forma. Viam no cristianismo um meio de alcançar a primazia entre seus semelhantes. Muitos começaram a se desviar do ensinamento de que todos os membros são iguais dentro da igreja. O pastor começou a exercer um papel de "chefão". Alguns historiadores relatam esse erro da seguinte forma:
O pastor de Hermas ( cerca de 150 A.D.)
?Mestres dignos não faltam, mas há também tantos falsos profetas, vãos, cúpidos (desejosos) pelas primeiras sés, para os quais a maior coisa na vida não é a prática da piedade e da justiça senão a luta para o posto de comando."
O Historiador Mosheim:
"Os pastores aspiravam agora a maiores graus de poder e autoridade do que possuíam antes. Não só violavam os direitos do povo como fizeram um arrocho gradual dos privilégios dos presbíteros..."
Os membros já não eram considerados irmãos, mas súditos do "bispo". Comandavam a igreja como se comanda um exército. João cita o exemplo de um crente chamado Diotrefes. O apóstolo deixa claro que esse homem "buscava a primazia entre eles", referindo-se é claro aos irmãos na fé. Diotrefes tornou-se tão audacioso, que, quando João escrevia para a igreja ele impedia que os irmãos lessem a carta. Esse é só um simples exemplo do que acontecia já no tempo dos apóstolos. Pedro ao comentar o assunto diz que o pastor é o servo e não o senhor da igreja (I Pedro 5,1-4). Aliás, a palavra por ele usada é muito clara: "Não como tendo domínio sobre a herança de Deus". O pastor jamais deve ser o chefe da igreja, mas o servo que irá conduzir o rebanho.
Essa terrível idéia de um bispo monárquico governar os demais pastores teve início na pessoa de Clemente (95 A.D.), pastor da igreja em Roma. Foi ele o primeiro a buscar a primazia entre os demais. Chegou a envolver-se num problema que não lhe pertencia por direito, querendo mandar numa igreja a qual não pastoreava, que foi a igreja de Corinto. Depois dele foi Inácio, bispo de Antioquia na Síria, que viveu entre o I século. - II século. Ele exorta todos os cristãos a obedecerem o bispo monárquico e aos presbíteros (20,2). Chegou a comparar a obediência ao bispo monárquico com as cordas de uma harpa. Ele é o primeiro a contrastar o ofício do bispo ao do presbítero e a subordinar os presbíteros ou anciãos ao bispo monárquico e os membros das igrejas a ambos. Mas deve-se a Cipriano, bispo de Cartago (morto em 258), que foi um dos principais autores desta mudança de governo da igreja, pois pugnou pelo poder dos bispos com mais zelo e veemência do que jamais fora empregada nessa causa.
Como se pode observar não foi uma lei feita do dia para a noite. Foi uma heresia que aos poucos penetrava dentro das igrejas, a saber, nas igrejas maiores dos grandes centros.
Hierarquia Entre as Igrejas
Esse erro veio a favorecer a outro de tamanha maldade. Foi o erro de uma igreja ter autoridade sobre outra igreja. A Bíblia ensina que a igreja deve ser independente ou seja: a igreja de Antioquia não tinha autoridade sobre a igreja de Éfeso. A igreja de Éfeso não tinha autoridade sobre a igreja de Laodicéia, e assim por diante. No livro de apocalipse, quando Cristo conversa com as sete igrejas da Ásia, ele trata cada uma individualmente. Cada uma tem seu próprio anjo (pastor), e nenhuma será recompensada ou corrigida pelo erro da sua co-irmã.
Acontece que os pastores de muitas igrejas não viam as coisas como Deus ensinou. Viam a sua ganância acima da vontade de Deus. Os pastores das grandes igrejas como a de Roma, Alexandria, Antioquia, e muitas outras, iniciaram um processo de subjugar as igrejas menores. Eram tempos difíceis. O imperador perseguia a igreja. Junto com as perseguições vinha a fome. Com isso as igrejas maiores engrandeciam-se, e numa falsa humildade, ajudavam as menores. Foi assim que principalmente Roma passou a gozar de uma distinção especial. Essa ajuda tinha um preço muito alto: A submissão de muitas igrejas menores. A igreja co-irmã deixava de ser uma igual para tornar-se vassala.
Na luta para ver qual igreja ia ser a maior entre as igrejas erradas, prevaleceu a igreja de Roma, mas é claro, sem o consentimento dos grandes bispos monárquicos, iniciando-se assim uma luta interna entre as igrejas heréticas. Esse assunto será tratado mais cuidadosamente na origem da igreja Católica.
A DIVISÃO DAS IGREJAS TORNA-SE INEVITÁVEL
As Igrejas Erradas Recusam-se a Voltar as Origens
Apesar destes dois erros terem invadido as igrejas de Cristo, houve muitas, senão a maioria, que não admitiam os tais. Houve tentativas no sentido de trazer as igrejas desviadas de volta ao verdadeiro costume bíblico. Entretanto o poder político das igrejas fiéis era quase nada. A maioria destas igrejas eram pequenas congregações, e seus pastores, homens simples com o único objetivo de fazer a vontade de Deus. Alguns não eram tão simples assim, como o pastor Montano, que veementemente pregou em toda a Ásia contra essas heresias (160 d.C.) e Tertuliano (a partir de 202 d.C.) no ocidente. Este último chegou mesmo a desafiar várias vezes os pastores heréticos, principalmente o de Roma, a voltar a obedecer as escrituras.
As Igrejas Fiéis Resolvem Tomar Uma Atitude
O fato é que as igrejas erradas ou heréticas não voltaram a obedecer a Bíblia. Pior. Conforme os anos passavam mais erradas elas se tornaram. O assunto chegou a um ponto que as igrejas certas deixaram de aceitar os membros vindos das igrejas heréticas. Essa não aceitação, que a luz das escrituras é recomendada - pois se alguém crê que o batismo salva deixa de acreditar que só Jesus salva - foi acrescida com o rebatismo dos membros vindos das igrejas desobedientes. Daí ter surgido o apelido "anabatista" para os seguidores de Montano e principalmente para as igrejas da Ásia Menor.
A Exclusão das Igrejas Erradas é o Único Caminho
O rebatismo dos membros vindos das igrejas erradas acabou se tornando o objeto da divisão da cristandade. As igrejas erradas por serem grandes, mais famosas e politicamente mais aceitas, não aceitaram passivamente a atitude das igrejas que rebatizavam seus membros. Iniciou-se grandes controvérsias a respeito do assunto. Realizaram muitos concílios para tentar resolver a situação. Dois deles se deram em Cartago em 225, um composto de 18 e o outro de 71 pastores, em ambas as assembléias ficou decidido que o batismo dos heréticos - que pregavam a salvação pelo batismo e iniciavam o sistema hierárquico católico - não devia ser considerado como válido. Os historiadores McClintock e Strong comentam como se deu essa desfraternização: V.I pg 210.
"Na Ásia Menor e na África, onde por muito tempo rugiu amargamente o espírito da controvérsia, o batismo só foi considerado válido quando administrado na igreja correta. Tão alto foram as disputas sobre a questão, que dois sínodos se convocaram para investigá-la. Um em Icônio e outro em Sínada da Frígia, os quais confirmaram a opinião da invalidade do batismo herético. Da Ásia passou a questão à África do Norte. Tertuliano concordou com a decisão dos concílios asiáticos em oposição à prática da igreja Romana. Agripino convocou um concílio em Cartago, o qual chegou a uma decisão semelhante aos da Ásia. Assim ficou a matéria até Estevão, bispo de Roma, no ano de 253, provocado pela ambição, que procedeu em excomungar os bispos da Ásia Menor, Capadócia, Galácia e Cilícia, aplicando-lhes os epítetos de rebatizadores e anabatistas".
Fica evidente que entre as igrejas erradas estava a de Roma. Sendo assim ela foi excluída no ano de 225 juntamente com as outras igrejas heréticas. A atitude do bispo romano de excluir os pastores da Ásia mostra a que ponto estava sua vontade de assenhorar-se do rebanho de Deus. Mas sua atitude de nada valeria, pois, um membro excluído não pode excluir ninguém. Outro historiador, Neander, V.I pg 318, tem o seguinte relato sobre estes acontecimentos:
"Mas aqui, outra vez foi um bispo romano, Estevão, que instigado pelo espírito de arrogância eclesiástica, dominação e zelo, sem conhecimento, ligou a este ponto (salvação pelo batismo), uma importância dominante. Daí, para o fim do ano de 253, lavrou uma sentença de excomunhão contra os bispos da Ásia Menor, Capadócia, Galácia e Cilícia, estigmatando-os como anabatistas, um nome, contudo, que eles podiam afirmar que não mereciam por seus princípios: porque não era o seu desejo administrar um segundo batismo aqueles que tinham sido batizados, mas disputavam que o prévio batismo dado por hereges não podia ser reconhecido como verdadeiro. Isto induziu Cipriano, o bispo a propor o ponto para a discussão em dois sínodos reunidos em Cartago em 225 A.D. um composto de 18, outro de 71 pastores, ambas as assembléias declarando-se a favor das idéias de que o batismo de heréticos não devia ser considerado como válido".
Num resumo simples destes dois relatos verifica-se que, no ano de 225 A.D., as igrejas reúnem-se em concílios e decide a exclusão das igrejas que administravam o batismo como forma de salvação, que eram, justamente, as igrejas que admitiam um bispo monárquico sobre as igrejas. Entre as igrejas erradas estão as de Roma, Antioquia, Cartago e muitas outras. Entre as igrejas fiéis estão uma muito conhecida pelos estudantes da Bíblia, a igreja de Éfeso.
O RESULTADO DA DESFRATERNIZAÇÃO DOS CRISTÃOS
A partir desta data, 253 d.C. as igrejas de Cristo se dividiram em dois grandes blocos. Os anabatistas, assim chamados por não aceitarem o batismo das igrejas erradas, e os católicos, nome dado as igrejas heréticas desde o ano de l70 por Inácio, pastor de Antioquia. O futuro destes dois grupos deu razão aos fiéis o fato de terem excluído os demais. Com o passar do tempo as igrejas erradas, como veremos, multiplicou ainda mais suas heresias. Enquanto isso, vivendo conforme as escrituras, os cristãos anabatistas lutavam para sobreviver e manter de pé as chamas do evangelho.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Tentando Agradar a Homens: Uma prática cheia de perigos!!













Por George M. Bowman

Aqueles que estão no Ministério logo descobrem que podem conseguir grandes e amigáveis respostas as suas pregações, quando tentam agradar aos homens e mulheres de suas congregações. A. W. Tozer disse: "Nós que testemunhamos e proclamamos o Evangelho, não podemos pensar de nós mesmos como relações públicas enviados para estabelecer a boa vontade entre Cristo e o mundo".
O número de pregadores, evangelistas, e missionários que falam prioritariamente para agradar as pessoas tem aumentado diariamente. Esta prática, no entanto, está cheia de perigos.
O perigo vem quando este esforço de agradar a homens e mulheres os leva a fazerem uma escolha errada: amando "a aprovação dos homens ao invés da aprovação de Deus" ( Jo 12:43). E quando fazem esta escolha errada, correm o risco de desagradarem a Deus.
Em meu julgamento, isto acontece porque eles acreditam que, fazendo assim, irão conseguir encher suas Igrejas mais rápido. Mas, norteando-se pelo que suas audiências desejam ouvir, eles serão obrigados a fazer mudanças que certamente hão de devastar seus ministérios.
A Bíblia sempre adverte os ministros com relação a agradar a homens, e os perigos que envolvem os que assim fazem. Você pode prevenir ou vencer estes problemas em seu ministério, identificando e evitando estes perigos. .
Esteja alerta em não estabelecer objetivos errados.
1. Buscando respeito - Freqüentemente o desejo do pastor de ganhar o respeito e a amizade do povo de sua Igreja ou comunidade é o começo de um ministério que pode desagradar a Deus. Tendo estabelecido estes objetivos, ele terá que diluir a sã doutrina que sustenta a verdade bíblica em equilíbrio.
Por exemplo, para agradar aos incrédulos, ele terá que ter em consideração o que eles gostam e o que não gostam. Isto é perigoso porque a Bíblia diz que eles amam o pecado e odeiam a justiça. Eles não têm interesse em um Deus que os chamará a prestar contas do que têm feito com a vida que Ele Lhes deu.
A fim de ganhar o respeito deles e sua amizade, o pastor terá que apelar à razão humana, emoções e experiência. Isto significa que ele terá de dar um " bypass" na autoridade da Bíblia. O pecador deseja um Deus que ele possa manipular e com o qual possa sentir-se confortável. A fim de agradá-los, o pastor não poderá pregar sobre o infinito, imutável e santo Deus da Bíblia.
Esta é a razão por que muitas Igrejas e missões cujas doutrinas são centradas no homem, têm mudado o conceito bíblico de Deus num deus limitado, mutável e imperfeito. Deus, dizem eles, está caminhando para uma maturação ou em processo de crescimento da mesma forma como os homens estão. Esta visão, logicamente, leva a condenar a doutrina do pecado original, a necessidade de expiação, justiça imputada e a credibilidade de Deus e Sua Palavra.
Em seu livro Batalha dos Deuses, Dr. Robert A. Morey transcreve Alan Gomes, instrutor de teologia histórica do Talbot Schoolof Theology, quando diz que estes falsos conceitos tem penetrado em grupos como Jovens Com uma Missão. Diz Morey, "Gomes cuidadosamente documenta que líderes da JOCUM, tais como Roy Elseth e Gordon Olson ensinam que Deus pode pecar, que não conhece o futuro, não está operando Seu plano no mundo, que Ele não guarda a Sua Palavra e nem cumpre as Suas promessas" (pp. 13-14).
É evidente, que os crentes modernos são como muitos descrentes. Não estão dispostos a ficar para ouvir sermões sobre todo o conselho de Deus. O seu estilo de vida superficial os faz sentirem-se desconfortáveis diante do ensino que expõe seus deslizes e hipocrisias, além de mostrar suas tagarelices como tão malignas como fornicação e assassinato. Eles não podem tolerar um Evangelho que ordena a crentes, salvos pela Graça, a negarem-se a si mesmos, tomarem a cruz e a seguirem a Cristo por um caminho estreito.
Para ganhar o respeito e a amizade deles, o pastor tem que adocicar a doutrina do Evangelho de Cristo. Ele tem que transformá-lo num evangelho centrado no homem de "milagres , curas e riquezas" do "poder do pensamento positivo" e da "mente que domina a matéria".
2. Buscando decisões fáceis - Um pastor irá tentar procurar agradar homens e mulheres, quando pensa que seu poder de persuasão pode produzir um regular crescimento de novos convertidos. Isto é como usurpar a ação divina que envia o Seu Espirito para operar, por meio de um avivamento, o aumento expressivo dos crentes através de genuínas conversões a Cristo. Se um pastor não pode esperar pelo tempo de Deus em matéria de avivamento, e deseja obter muitas "decisões fáceis para Cristo", ele terá que apresentar conversões a Cristo através de processos espúrios, que não requerem nada mais que uma mera decisão, sem contemplar as verdadeiras implicações do que significa seguir a Jesus.
Assim, se ele quer estas decisões fáceis, não poderá enfatizar todas as verdades do Evangelho bíblico. Não terá coragem de dizer que Deus chama crentes para sofrer, que fé sem verdadeiro arrependimento não é fé, que um pecador não poderá ser salvo a menos que confesse Jesus Cristo como seu Senhor, que fé sem obediência é uma fé fingida. Você não encontrará "decisionismo" entre pessoas que sabem que Deus ordena a todos os crentes a "seguirem a santificação sem a qual ninguém verá ao Senhor" (Heb. 12:l4).
O pastor que desejar conversões fáceis terá que fazer o Evangelho atrativo para o homem natural, algo que ele possa gostar neste mundo. Muitos que professam sua fé em Jesus Cristo hoje não mostram nenhuma mudança na sua maneira de viver, porque pregadores, evangelistas e missionários, querem diluir a mensagem a fim de alcançar resultados. Ávidos por registrarem uma estatística de muitas decisões por Cristo, eles têm-se afastado do que requer a Palavra de Deus.
3. Buscando grandes audiências - Um dos maiores problemas do Cristianismo hoje é o grande número de pessoas não convertidas figurando como membros de Igreja. Se um pastor busca o aumento do número de membros de sua Igreja como seu alvo principal, ele terá que utilizar algumas das técnicas de promooção que os grandes centros de entretenimentos usam, a fim de atrair pessoas. Alguns fazem disputas de Escolas Dominicais entre Igrejas. Outros oferecem prêmios para que as pessoas venham aos cultos. Eu ouvi de uma Igreja que escondia notas de dez dólares debaixo do assento do ônibus da Igreja, a fim de atrair as crianças e estimulá-las a virem à Igreja. Usam ainda jantares especiais, shows modernos, e outras formas de entretenimento. Eu não encontro esse tipo de "esperteza" no Novo Testamento. As pessoas que acorriam às reuniões da Igreja primitiva, não esperavam outra coisa exceto perseguição. Crer em Cristo, no tempo apostólico, eqüivalia a assinar sua própria sentença de morte.
Com a diluição da sã doutrina, e a acomodação do Evangelho ao que as pessoas querem, não é de admirar que muitas Igrejas estejam cheias de crentes não salvos.
4. Buscando fugir da controvérsia - Os ministros tentam agradar a homens, procurando fugir da controvérsia. Numa conversa que eu tive com um líder batista canadense, ele descreveu um pastor amigo como um "causador de problemas". Quando eu pedi que me explicasse como um homem de Deus podia ser classificado como um causador de problemas, ele disse.. "ele sempre trás à tona questões de controvérsia".
Como alguém pode pregar o Evangelho e evitar questões de controvérsia? Há um grande conflito entre Deus e os homens, entre a verdade e o erro, entre o bem e o mal. Se um pastor deseja evitar toda controvérsia, ele precisa jogar fora sua Bíblia e dar ao povo uma dieta de sermões adocicados, designados a agradar ao homem natural.
"Eu prego um evangelho positivo!" disse um pastor e "procuro ficar longe de assuntos polêmicos".
Quando perguntado que assuntos polêmicos ele evitava, então respondeu: soberania de Deus, eleição incondicional, expiação limitada e aquelas doutrinas que fazem diferença entre as denominações.
Um ministro evangélico disse que, para evitar controvérsia, ele estava disposto a aceitar em sua Igreja pessoas batizadas e doutrinadas na Igreja Católica Romana.
Cuidado para não perder a aceitação do Senhor
Alguns pastores vêem o agradar aos homens como o aspecto mais importante de seus ministérios. Um pastor costumava ir constantemente aos membros de sua igreja, para perguntar o que eles estavam achando de sua pregação. Ele estava tão ansioso em agradar as pessoas, que ele queria saber se eles estavam gostando de seus sermões. Quando alguém, com sinceridade, mostrava falhas na sua pregação, ele não podia suportar. Então resignado, deixava o local do culto sem sequer dar uma palavra de despedida aos membros. Há muita imaturidade emocional entre aqueles que fazem do agradar a homens e mulheres a prioridade em seus ministérios.
1. Critério exclusivo - Eu duvido que essa espécie de pregador seja aceito diante de Deus. Paulo disse que tinha por muita pouca coisa o ser julgado em seu ministério pelo homens. "O único que me examina" disse ele, "é o Senhor" (l Cor. 4..4). Devemos usar como meio de avaliação do ministério e conduta dos homens somente a Palavra de Deus. De outra forma como saberemos que um pastor tem a aprovação de Deus quanto ao seu ministério? Não é da aprovação dos homens que o pastor necessita, mas sim da aprovação de Deus.
2. Trabalhando em vão - Aqueles que fazem como seu alvo principal agradar a homens enveredam pelo caminho de fazer com que seus cultos agradem a todos. As pessoas acorrem para as suas reuniões a fim de serem entretidas pelo humor dos púlpitos e estórias engraçadas. Eles vêm porque esperam ver diversão, apresentações dramáticas, ventríloquos, celebridades, heróis esportistas, personalidades da televisão e as últimas novidades da música "gospel".
A congregação do pastor que guia seu ministério por tais métodos de entretenimento, pode vê-los como ministros poderosos e populares. Porém, tendo assumido esta posição de tentar agradar as pessoas, eles estarão inevitavelmente na condição de não aceitos por Deus.
O primeiro objetivo deles deveria ser agradar a Deus, manifestando a Sua glória. E a não ser que Deus os aceite com o servos, todo o seu trabalho terá sido em vão. Tudo que eles fazem, como orações, estudo bíblico, preparação de sermões, pregação, visitação, testemunho e aconselhamento, será vazio da presença, do poder e da bênção do Senhor.
Fico pensando quantos pastores e ministros têm sempre na mente que terão que prestar contas diante do trono de Cristo? Quantos deles estão realmente apercebidos do alto nível de responsabilidade que têm, não diante dos homens, mas diante de Deus? Quantos se sentiriam confortáveis com a declaração que o apóstolo faz: "E por isso que também nos esforçamos quer presentes, quer ausentes, para lhe ser agradáveis. Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo" (2 Cor. 5:9-10).
3. Consciência de Deus - Quando um pastor tenta agradar a homens, ele pode deixar de ter consciência de Deus. É muito fácil num ministério popular, procurando agradar as pessoas, alcançar tal sucesso quer resulte num esquecimento da onipresença de Deus. A não ser que um pastor esteja acuradamente cônscio da presença de Deus e O coloca sempre em primeiro lugar em todos os aspectos do seu ministério e vida, ele acabará adotando um estilo fútil de raciocínio e procedimento.
Por exemplo, ele poderá pensar que é mais importante obter direção da parte dos homens que ele está tentando agradar do que da parte de Deus e Sua Palavra. Eu não mencionaria isto se não tivesse visto e ouvido ministros colocarem a opinião de homens a frente da Palavra de Deus. Como é diferente esse tipo de raciocínio dos apóstolos!
Confrontados por homens que tentaram forçá-los a fazer sua vontade no ministério, os apóstolos não pensaram, "qual é a melhor coisa a fazer então?" ou "quais serão as conseqüências se nos opuser-mos à vontade deles? "Ao contrário, eles responderam e disseram-lhes: "Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus" (At. 4:19). Pouco depois, quando foram ordenados pelos mesmos homens e autoridades a pararem de pregar, eles de novo os enfrentaram: "importa antes obedecer a Deus que aos homens" (At. 5:29).
4. Os testes de Deus - Quando alguém estabelece um ministério que desagrada a Deus por tentar agradar a homens, certamente ele se esqueceu que Deus testa seus servos. Não há parte em nosso ministério ou vida onde possamos deixar de lado os interesses de Deus e escaparmos impunes. Deus testa as razões que o Seu povo dá em fazerem o que estão fazendo. Especialmente isso é verdade para aqueles que estão no ministério de Sua Igreja. Paulo, o apóstolo, disse que ele e seus companheiros apóstolos firmaram o propósito de falar ao homens e mulheres, não para lhes agradar, mas para agradar a Deus. E a razão que ele dá é que ele sabia que Deus estava constantemente checando suas motivações.
"Nós falamos" dizia ele, "não como quem agrada a homens, mas a Deus que examina nossos corações" (1 Ts. 2:4).
5. Abandonados por Deus - Curvando-se aos gostos e desprazeres dos homens; pode um pastor tornar-se um abandonado de Deus. Se ele se esforça por agradar a homens e mulheres do mundo; por exemplo; ele pode achar-se, ele mesmo, tão amigo e identificado com eles que chega a ser um com eles. O homem de Deus não pode ter esse tipo, de mistura com as pessoas do mundo, porque a separação do mundo é a marca do verdadeiro ministro de Cristo. "Não sabeis" pergunta Tiago, "que a amizade com o mundo se constitui em inimizade contra Deus?" (Tg. 4:4).
Cuidado para não esquecer que você está numa posição de confiança
Buscando popularidade com as pessoas, pode o pastor esquecer-se que Deus lhe confiou um grande tesouro, o Seu Evangelho da Graça. Em seu ministério apostólico, Paulo nunca se esqueceu de seu senso pessoal de mordomia. Ele repreendeu aqueles cristãos que procuravam seus líderes de acordo com sua popularidade. As pessoas deveriam julgar um ministro, ele disse, pela sua consciência de despenseiro, que vê como sua principal responsabilidade o ser fiel a Deus e Sua Palavra. (I Cor. 4:1-2) Ele também disse que Deus foi condescendente com os homens em permitir que fossem ministros. "Nós fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar Ele o Evangelho... " (1 Ts. 2:4).
1. Hipocrisia e falta de sinceridade - Os ministros de Deus deveriam ser como Moisés que "permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível"(Heb. 11:27). Seus olhos da fé deveriam estar sobre o invisível, o reino espiritual de Deus, não no reino deste mundo. Quando eles rejeitam esta forma de visão espiritual e começam a olhar para o que é aprazível ao homem, eles caem no mal contra o qual Paulo os adverte na sua carta aos Efésios.
Após falar sobre obediência aos pais e mestres, ele diz que tal obediência deve ser prestada "Não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus" (Ef.6:6). Isto também se aplica ao ministro. Um pastor não deveria buscar o olhar de aprovação do povo a quem serve. Isto é tentar fazer seu trabalho "servindo a vista, como para agradar a homens".
Sua motivação nunca deveria ser o "ser visto" ou o "agradar a homens". Como servo de Cristo, ele deveria buscar com sinceridade fazer "de coração a vontade de Deus".
2. Edificação e Lucro - As epístolas do Novo Testamento têm muito que ensinar sobre a construção do caráter. Os apóstolos fazem do cultivo do caráter interior do homem ou a construção do caráter cristão a coisa mais importante, e é nisso que eles gastam a maior parte de suas pregações e escritos. As únicas razões legítimas e permitidas por eles para agradar aos homens eram a salvação de pecadores, o cultivo da alma e o desenvolvimento da personalidade de Cristo neles. Quando um pastor busca agradar a homens por qualquer outro propósito, ele trai sua confiança e falha em alimentar e guardar o rebanho de Deus.
"Portanto cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para a edificação"(Rom.15 :2).
Em seu trabalho evangelístico, os apóstolos também procuraram agradar aos homens para que os mesmos fossem beneficiados e, se possível até se convertessem a Cristo. Em outras palavras no intento de lhes fazer o bem é que se pode compreender essa atitude deles. Eles não faziam nada para alimentar os desejos mundanos dos incrédulos. Ao contrário, os apóstolos procuraram o proveito de todas as pessoas, sem prejuízo de quem quer que fosse, quer judeus, pagãos ou cristãos. Paulo explica isto desta maneira:
"Assim como também eu procurei em tudo ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse mas o de muitos para que sejam salvos" (1 Cor.10:33). Mais tarde ele escreve, "Há muito pensais que nos estamos desculpando convosco. Falamos em Cristo perante Deus, e tudo, ó amados, para vossa edificação " (2 Co: 12:19).
Cuidado para não perder o senso bíblico dos valores
Os ministros do Novo Testamento sentiam que, se eles tentassem agradar a homens, eles não poderiam mais ser considerados servos de Cristo. Um pastor não pode esperar a sustentação divina em seu ministério, se ele não estiver mais qualificado como servo do Senhor Jesus Cristo. Como Esaú, ele trocou uma grande herança por um ganho temporário. Ele vendeu o dia por causa de uma hora.
1. Cristo, o Modelo - Tão logo um pastor começa a agradar às pessoas, ele perde sua ligação com o ministério de Cristo. Ele esquece que o Filho de Deus é o modelo para o seu ministério e falha em seguir o Seu exemplo. Mateus diz que mesmo os inimigos de Cristo, embora falassem com sarcasmo, sabiam que Ele não procurava agradar a homens, mas ensinava as verdades de Deus, arcando com as conseqüências.
"E enviaram-Ihe discípulos juntamente com os herodianos para dizer-lhe: Mestre, sabemos que és verdadeiro e que ensinas o caminho de Deus, de acordo com a verdade, sem te importares com , quem quer que seja, porque não olhas a aparência dos homens " (Mat. 22:16).
2. Perder a Visão - Quando um pastor desagrada a Deus por tentar agradar a homens, ele pode se esquecer de que não pertence a si mesmo, pois foi comprado com preço. Pregando um Evangelho voltado para resultados e centrado no homem, pode ser levado para longe de Deus e Sua Verdade Eterna, e pode ainda diminuir sua percepção do valor de sua própria redenção. Como o homem que falha em acrescentar elementos do caráter cristão à sua fé, ele irá perder tanto sua visão escatológica como histórica.
Tal homem, diz Pedro, "...é cego, vendo só o que está perto (isto é cegueira escatológica), esquecido da purificação dos seus pecados de outrora (isto é cegueira histórica) " (2 Pedro 1:9).
3. Comparação de Valores - Agradar aos homens constantemente pode alterar a habilidade de um ministro de fazer de um modo correto uma comparação de valores. Paulo apresenta a redenção como uma grande razão para que nós a apresentemos diante dos homens.
"Por preço fostes comprados; não s vos torneis escravos dos homens " (1 Cor.7:23).
4. Alterando a Mensagem - Satisfazendo o interesse dos homens e mulheres, muitos ministros tem mudado a mensagem que Cristo lhes ordenou que pregassem. Receosos de receberem a desaprovação dos incrédulos e cristãos mundanos, eles dizem, com efeito, "Nós não nos atrevemos a dizer nada que lhes desagrade".
Que diferença dos apóstolos! Diante do mais alto tribunal de Jerusalém, enfrentando a ameaça de punição e mesmo a morte, eles confrontaram seus opositores com coragem e disseram, "Pois não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido " (At.4:20).


Nota sobre o Autor: George M. Bowman é editor-diretor da Operation Balance, um projeto de literatura destinado ao avanço da sã doutrina, que sustenta a verdade bíblica em equilíbrio. Ele é autor de inúmeros folhetos e panfletos.
Extraído do Jornal "Os Puritanos" ANO IV - Nº 1, com permissão.
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